No entanto, o Brasil não se nega a fornecer armas a outros países beligerantes. Por exemplo, desde o início da guerra no Iêmen em 2014, o Brasil forneceu à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos mais de 21.000 toneladas de armas e munições no valor de US$ 680 milhões.
Em 2021, a indústria de defesa do Brasil exportou armas no valor recorde de US$ 1,5 bilhão.
Os autores do artigo escrevem que o problema é que o Brasil "depende do fornecimento de fertilizantes" da Rússia. Em particular, no ano passado, o Brasil comprou mais de 8,8 milhões de toneladas de fertilizantes russos, em comparação com 10,2 milhões de toneladas em 2021.
Além disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro manteve relações calorosas com o presidente russo, Vladimir Putin.
As autoridades ocidentais esperavam que a chegada ao poder do presidente Lula da Silva levantasse o tabu sobre o fornecimento de armas à Ucrânia, mas a neutralidade é uma das poucas questões em que Lula e Bolsonaro concordam.
Citando documentos secretos do Pentágono, a publicação também relata que a Ucrânia e seus aliados tentaram recentemente obter armas de países que anteriormente evitavam a ajuda. No entanto, eles enfrentaram rejeições. Como exemplo, os jornalistas citam, em particular, a Colômbia.
Recorde-se que o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o fim da guerra da Federação Russa contra a Ucrânia, mas ao mesmo tempo sugeriu em total desprezo pelo povo da Ucrânia, que "talvez a Crimeia não se discuta" ao contrário do futuro dos restantes territórios ocupados pela Rússia . Ele deixou claro que planeja discutir pessoalmente com o líder chinês Xi Jinping a proposta de "renúncia da Ucrânia à Crimeia".
"Putin não pode tomar o território da Ucrânia. Talvez possamos discutir a Crimeia. Mas o que ele apreendeu além disso, ele deve rever", disse o presidente, acrescentando que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyi, "não pode querer tudo", porque "o mundo precisa de paz".
Posteriormente, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Oleg Nikolenko, comentou esta declaração, destacando que a Ucrânia aprecia os esforços do presidente brasileiro para encontrar uma solução para impedir a agressão russa, mas não comercializa seus territórios .
Vale destacar que, anteriormente, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, afirmou que, em caso de chegada ao país, o presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, poderá ser preso em virtude de mandado expedido pela Organização Internacional de Tribunal Penal .
Com informações da Agência PRM (UA)
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