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Resultados da Pesquisa da Cesta Básica no mês de Outubro em Salvador.   Em setembro, houve aumento do custo do conjunto de alimentos básicos em 13 das 27 capitais do Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Basica.

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Resultados da Pesquisa da Cesta Básica no mês de Outubro em Salvador

Publicado por: editor
08/11/2016 17:19:02

CUSTO DA CESTA BÁSICA MOSTRA COMPORTAMENTO DIFERENCIADO NAS CAPITAIS DO BRASIL

 

Em setembro, houve aumento do custo do conjunto de alimentos básicos em 13 das 27 capitais do Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). As maiores altas ocorreram em Brasília (2,37%), Salvador (1,46%), Fortaleza (1,42%) e Recife (1,06%). As retrações mais expressivas foram anotadas em Macapá (-5,18%), Goiânia (-4,31%), Campo Grande (-1,95%) e Belo Horizonte (-1,88%).

 

Porto Alegre foi a capital que registrou o maior custo para a cesta (R$ 477,69), seguida de São Paulo (R$ 471,57) e Brasília (R$ 461,99). Os menores valores da cesta básica foram observados em Natal (R$ 367,54) e Aracaju (R$ 371,30).

 

Entre janeiro e setembro de 2016, todas as cidades acumularam alta e as elevações mais expressivas foram anotadas em Boa Vista (22,02%), Maceió (21,67%) e Salvador (21,54%). Os menores aumentos ocorreram em Florianópolis (5,89%), Curitiba (8,45%) e Manaus (9,15%).

 

Levando em consideração a cesta mais cara, que, em setembro, foi a de Porto Alegre, e a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em setembro de 2016, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 4.013,08, ou 4,56 vezes o salário mínimo de R$ 880,00. Em agosto, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.991,40, o equivalente a 4,54 vezes o mínimo vigente.

 

CESTA BÁSICA APRESENTA ALTA NO MÊS DE SETEMBRO EM SALVADOR

 

A cesta básica registrou aumento de preço em Salvador, ficando 1,46mais cara em setembro, depois de registrar redução em agosto. A cesta passou a custar R$ 381,93 contra os R$ 376,45 registrados no mês anterior. Em setembro, a cesta de Salvador foi a 5ª mais barata, dentre as 27 capitais pesquisadas. No ano, acumulando os meses de janeiro a setembro, a variação da cesta foi de 21,54%.

 

A cesta de Salvador ficou mais cara em função da alta no preço médio de 9 dos 12 produtos pesquisados. O tomate (9,21%), a farinha de mandioca (4,93%) e o açúcar (4,28%) foram os produtos que apresentaram as maiores variações de preço no mês de setembro. Os produtos que registraram redução no mês foram o feijão (-2,69%), a banana (-3,48%) e o óleo de soja (-5,21%).

 

Com a alta no custo da cesta básica em Salvador, o poder de compra do trabalhador soteropolitano que ganha um salário mínimo foi reduzido, uma vez que este trabalhador comprometeu 47,18% de seu rendimento líquido com a cesta básica em setembro, percentual maior que o comprometido em agosto (46,50%). Este mesmo trabalhador necessitou cumprir, em setembro, jornada de 95 e 29 minutos, tempo maior que as 94 horas e 07 minutos trabalhadas em agosto.

 

CESTA BÁSICA X SALÁRIO MÍNIMO

 

Em setembro de 2016, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 103 horas e 32 minutos, menor do que a jornada calculada para agosto, de 104 horas.

 

Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro, mais da metade dos vencimentos (51,14%) para adquirir os produtos da cesta. No entanto, este percentual foi levemente inferior ao de agosto, quando o comprometimento foi de 51,38%.

 

COMPORTAMENTO DOS PREÇOS

 

Em setembro, houve predominância de alta no preço do café em pó, da manteiga, do arroz e da carne bovina de primeira. Já a batata, pesquisada na região Centro-Sul, e o feijão tiveram o valor reduzido na maior parte das cidades.

 

O preço do café seguiu em alta, em setembro, e 24 cidades apresentaram elevação do valor do quilo comercializado no varejo. As variações oscilaram entre 0,17%, em Belém, e 7,94%, em Belo Horizonte. As reduções foram registradas em Florianópolis (-3,98%), Rio Branco (-2,34%) e Curitiba (-0,48%). Em Salvador, a variação foi de 1,10% no mês. O aumento do preço do grão arábica no mercado internacional impactou na cotação dentro do país. Além disso, o grão robusta teve sua oferta diminuída, o que também explicou o comportamento altista do café em pó no varejo.

 

Por mais um mês, o preço do quilo da manteiga aumentou nos supermercados e padarias. Em setembro, foram registradas altas em 22 capitais, que variaram de 0,03%, no Rio de Janeiro a 9,02%, em Boa Vista. As diminuições foram registradas em Macapá (-2,96%), Goiânia (-1,72%), Porto Alegre (-0,70%), Cuiabá (-0,56%) e Rio Branco (-0,10%). Em Salvador, a variação da manteiga foi de 4,03% no mês. O leite, cujo preço havia aumentado muito nos meses anteriores, já indicou sinal de redução em 16 capitais ao longo de setembro. Em Rio Branco, o preço médio ficou estabilizado. Em Salvador, a variação do leite foi de 0,92% no mês.

 

arroz teve seu preço majorado em 20 cidades, manteve-se estável em Belo Horizonte e Boa Vista e diminuiu em Campo Grande (-6,37%), Florianópolis (-2,89%), Cuiabá (-1,01%), Porto Velho           (-0,90%) e Rio Branco (-0,32%). As maiores altas foram verificadas em Manaus (8,24%) e Salvador (4,16%). Os preços internos seguiram em alta, devido ao baixo ritmo de negócios entre produtores e indústria. Além disso, houve diminuição da área de plantio e foi necessária a importação de arroz.

 

A menor oferta de carne bovina de primeira, devido à diminuição no abate de animais, fez com que houvesse elevação do preço do quilo em 20 capitais. As maiores altas foram observadas em Vitória (7,33%), Porto Velho (4,12%), Florianópolis (3,51%) e Brasília (3,11%). As reduções mais significativas ocorreram em Macapá (-5,44%) e Recife (-1,55%). Em Salvador, foi registrada alta de 1,75% no mês.

 

O preço da batata diminuiu em todas as 11 cidades do Centro-Sul onde o produto é pesquisado. As variações oscilaram entre -33,48%, em Florianópolis, e -10,93%, em Vitória. A colheita da batata da safra de inverno e a boa qualidade do tubérculo reduziram o preço no varejo.

 

Das 27 capitais onde se realiza a pesquisa, o preço do feijão apresentou queda em 21 delas. O do tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e em São Paulo, caiu em 20 cidades e as variações oscilaram entre -12,13%, em Goiânia, e -0,08%, em Rio Branco. Houve alta em Manaus (3,10%) e Maceió (0,50%). Em Salvador, o preço médio do feijão ficou mais barato, com variação de -2,69% em setembro. Já o preço do feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, aumentou na maioria das cidades: Florianópolis (7,16%), Porto Alegre (1,83%), Curitiba (0,41%) e Vitória (0,25%); exceto no Rio de Janeiro (-4,03%). O abastecimento do mercado devido ao início da colheita da safra irrigada do feijão carioquinha e a redução da demanda pelos altos preços, fez com que houvesse diminuição da cotação do feijão. No caso do tipo preto, a pouca oferta elevou as cotações na maior parte das cidades.


TABELA 1 - PESQUISA NACIONAL DA CESTA BÁSICA DE ALIMENTOS

CUSTO (R$) E VARIAÇÃO (%) DA CESTA BÁSICA EM 27 CAPITAIS

BRASIL, SETEMBRO DE 2016

 

Capital

Valor da cesta

Variação mensal (%)

% do Salário Mínimo

Líquido

Tempo de trabalho

Variação no ano (%)

 

Porto Alegre

477,69

0,71

59,00

119h 25m

12,56

São Paulo

471,57

-0,75

58,25

117h 53m

12,78

Brasília

461,99

2,37

57,06

115h 30m

15,89

Cuiabá

453,65

0,12

56,03

113h 25m

16,06

Rio de Janeiro

451,58

-0,85

55,78

112h 53m

13,49

Florianópolis

449,05

-1,76

55,47

112h 16m

5,89

Boa Vista

444,04

0,55

54,85

111h 01m

22,02

Vitória

435,27

-0,29

53,76

108h 49m

11,89

Campo Grande

432,27

-1,95

53,39

108h 04m

11,28

Curitiba

424,87

-1,45

52,48

106h 13m

8,45

Belém

424,43

0,74

52,42

106h 07m

20,60

Belo Horizonte

421,55

-1,88

52,07

105h 23m

13,78

Fortaleza

415,94

1,42

51,38

103h 59m

21,36

Palmas

411,86

0,25

50,87

102h 58m

19,03

Teresina

402,34

0,65

49,70

100h 35m

17,10

Manaus

401,44

-0,01

49,58

100h 22m

9,15

Maceió

394,75

-0,50

48,76

98h 41m

21,67

Goiânia

393,39

-4,31

48,59

98h 21m

17,23

Porto Velho

389,22

-1,67

48,08

97h 19m

12,02

João Pessoa

386,92

0,28

47,79

96h 44m

19,15

Macapá

384,20

-5,18

47,46

96h 03m

12,41

São Luís

383,04

-0,82

47,31

95h 46m

16,96

Salvador

381,93

1,46

47,18

95h 29m

21,54

Recife

375,55

1,06

46,39

93h 53m

12,49

Rio Branco

372,13

-1,33

45,96

93h 02m

19,67

Aracaju

371,30

0,16

45,86

92h 50m

21,44

Natal

367,54

0,57

45,40

91h 53m

17,63

                       

Fonte: DIEESE. Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.

 

TABELA 2 - PESQUISA NACIONAL DA CESTA BÁSICA DE ALIMENTOS

VARIAÇÃO MENSAL DO GASTO POR PRODUTO NAS 27 CAPITAIS (%)

BRASIL, SETEMBRO DE 2016

 

Produtos

Centro-Oeste

Sudeste

Sul

Brasília

Campo Grande

Cuiabá

Goiânia

Belo Horizonte

Rio de Janeiro

São Paulo

Vitória

Curitiba

Florianópolis

Porto Alegre

Total

2,37

-1,95

0,12

-4,31

-1,88

-0,85

-0,75

-0,29

-1,45

-1,76

0,71

Carne

3,11

1,60

2,57

-0,66

2,67

2,02

2,37

7,33

-1,34

3,51

-0,75

Leite

-13,62

-5,00

-3,32

-7,91

-5,78

-5,13

-6,40

-11,98

-8,64

-15,60

-11,40

Feijão

-1,18

-9,20

-5,27

-12,13

-4,11

-4,03

-6,35

0,25

0,41

7,16

1,83

Arroz

1,73

-6,37

-1,01

1,75

0,00

1,32

0,32

1,02

1,73

-2,89

0,68

Farinha

7,24

-2,63

1,64

0,65

-1,14

0,00

0,77

-3,98

1,61

-0,43

0,00

Batata

-25,74

-24,22

-14,29

-15,44

-19,90

-22,22

-12,98

-10,93

-24,67

-33,48

-17,54

Tomate

17,51

-9,60

5,88

-14,71

-7,13

-4,98

-1,40

-4,23

-0,67

-13,70

9,36

Pão

0,93

-0,82

0,50

1,72

0,18

0,80

0,55

-0,69

0,43

0,87

0,36

Café

2,69

0,91

0,18

4,07

7,94

2,09

1,89

1,30

-0,48

-3,98

1,46

Banana

25,64

10,70

6,45

-2,67

-3,88

8,25

5,74

-5,36

11,49

12,98

13,46

Açúcar

-1,83

-0,39

-0,78

1,90

0,45

0,55

-0,68

0,44

2,10

0,90

1,34

Óleo

2,81

0,26

1,94

-5,26

-2,51

0,78

-2,33

0,61

-1,82

-8,24

0,25

Manteiga

0,17

1,16

-0,56

-1,72

1,43

0,03

1,77

0,14

0,18

0,67

-0,70

 (continua)


TABELA 2 - PESQUISA NACIONAL DA CESTA BÁSICA DE ALIMENTOS

VARIAÇÃO MENSAL DO GASTO POR PRODUTO NAS 27 CAPITAIS (%)

BRASIL, SETEMBRO DE 2016

(continuação)

Produtos

Norte

Nordeste

Belém

Boa Vista

Macapá

Manaus

Palmas

Porto Velho

Rio Branco

Aracaju

Fortaleza

João Pessoa

Maceió

Natal

Recife

Salvador

São Luís

Teresina

Total

0,74

0,55

-5,18

-0,01

0,25

-1,67

-1,33

0,16

1,42

0,28

-0,50

0,57

1,06

1,46

-0,82

0,65

Carne

0,18

0,44

-5,44

2,37

0,51

4,12

0,11

2,02

-0,29

0,50

1,84

1,88

-1,55

1,75

-0,93

0,59

Leite

0,55

-0,41

4,48

5,39

-6,77

0,47

0,00

3,62

1,37

2,47

0,23

-2,44

-2,28

0,92

-0,65

0,19

Feijão

-0,09

-0,71

-5,01

3,10

-4,64

-7,28

-0,08

-6,85

-2,83

-1,48

0,50

-4,80

-2,18

-2,69

-4,28

-3,19

Arroz

1,83

0,00

1,26

8,24

2,04

-0,90

-0,32

1,44

0,33

0,96

2,80

3,26

1,66

4,16

3,03

1,56

Farinha

0,28

0,56

-3,12

-2,30

0,99

1,69

0,00

-0,22

-1,77

-1,26

-0,48

4,55

-2,79

4,93

1,54

2,65

Batata

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